História da Técnica de Balanceamento
O progresso começou uma marcha cadente e as técnicas de balanceamento foram de suma importância para que todos os passos fossem dados com firmeza em direção aos dias atuais.
Uma das maiores descobertas em relação a tecnologia foi a roda. Com o conceito de um objeto girando em seu próprio eixo, surgiram as tecnologias de
fabricação. A produção de vasos foi proveniente desse conceito, assim como os primeiros moinhos que eram girados por força de animais.
A partir da revolução industrial o ser humano se deparou com maior freqüência com o tema do desbalanceamento. Devido as dimensões das peças que
giravam e a força aplicada nas mesma, o desbalanceamento até então não foi tido como um fator de importância maior.
Os processos de tecelagem antes artesanais tiveram a ajuda da roda d´água para imprimir um ritmo mais forte na produção, assim como as pás do moinho
de vento para o processamento de grãos em escala.
Desde aquela época distante havia uma necessidade de balancear, pois se o peso estiver muito acentuado em um lado da roda d´água, esta teria dificuldades de girar livremente e assim a energia das águas seria perdida por esse fator.
Quando essas rodas ou a pás do moinho eram deixadas em repouso, a parte mais pesada ficava logo abaixo do seu eixo, evidenciando pela gravidade a
parte mais pesada da peça. Naquela época o contato da roda era direto com o eixo e não havia rolamentos específicos para esse trabalho
Nascia assim o primeiro conceito de balanceamento – o balanceamento estático.
Como uma a roda d´água era muito estreita em relação ao diâmetro, a correção se fazia adicionando peso na parte logo acima do eixo, ou seja, a
180° da parte mais pesada, ou retirando peso da parte mais pesada, até que o peso fosse distribuído uniformemente pela peça.
No caso das pás do moinho, a correção era nas pás, dando preferência a equidade de peso entre elas.
Com isso se criou a primeira técnica de balanceamento e assim os industriais da época tiveram as primeiras noções que ajudariam na indústria a resolver os desafios da próxima etapa.
Na evolução da história o próximo passo a ser superado era a fabricação de motores a vapor ou turbinas a vapor. O ser humano já tinha se desenvolvido o suficiente para o aparecimento de rolamentos e mancais e fez com que essas turbinas funcionassem com uma rotação maior.
Os rotores com suas palhetas eram responsáveis pela transferência de torque às rodas e nem todas palhetas tinham o mesmo peso.
Tentou-se utilizar a mesma técnica de balanceamento das rodas d´água mas esta não se comportavam quando eram submetidas ao mesmo processo de
balanceamento.
Criou-se assim um novo conceito – o balanceamento dinâmico.
Como as turbinas eram peças mais largas e seu diâmetro não era tão pequeno em relação ao seu comprimento, foi dado um tratamento diferenciado e assim era analisado as duas laterais do rotor e feito as correções na própria turbina, até que se achasse um ponto onde a trepidação era considerada não agressiva para o sistema que compunha rotor, eixo, mancal e carcaça.
A partir dessa época o tema balanceamento foi cada vez mais recorrente na evolução da indústria e com a fabricação dos primeiros automóveis e a técnica teve que ser mais refinada.
Com o sucesso do motor a vapor, os trens cruzavam a Europa e outros caminhavam em direção ao oeste dos Estados Unidos. Levavam madeira, aço
e um combustível para o mais novo invento: O motor a diesel.
Com a vinda dessa nova tecnologia, não demorou muito para que os carros feitos artesanalmente ganhassem uma nova estratégia de produção. Com a
revolução emplacada por Ford, a demanda de um maior número de motores fez com que a técnica de balancear na própria máquina ficasse obsoleta.
Paralelamente Tesla havia patenteado o motor elétrico de corrente alternada e esse seria o começo de outra revolução, onde as peças que rotacionam teriam uma infinidade de aplicações.
Em 1907 a primeira máquina de balancear foi desenvolvida por Carl Schenck e Franz Lawaczeck na Alemanha e a partir desse ano o desenvolvimento em
balanceamento melhorou muito.
Hoje a indústria se depara com desafios cada vez maiores como peças que giram acima de 100.000 rpm, ou que rotacionam uma massa acima de 40
toneladas, que é o equivalente a uma carreta carregada. A indústria do plástico também colaborou para que novas técnicas surgisse e solucionassem o a questão da deformação quando a peça é submetida a alta rotação.